Um dos pilares do técnico Fernando Diniz no Fluminense e nesta última convocação da seleção brasileira, o volante André descartou falar em crise e, assim com o treinador, garantiu que a equipe evoluiu apesar da derrota para a Colômbia, por 2 a 1, na última quinta-feira, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.
"Fica clara a evolução nossa com a bola, conseguimos criar mais, ter mais oportunidade. Pelo fato de a seleção deles estar aberta e nos proporcionar chances, nosso time quando ataca fica exposto para eles contra-atacarem. Não conseguimos matar a partida e isso fica de lição, aproveitar as oportunidades. No futebol hoje não se joga mais com a camisa, não tem essa de o time grande ganhar. É aproveitar as chances e matar o jogo", afirmou.
André vem sendo titular no lugar de Casemiro, que está lesionado. Contra a Argentina, nesta terça-feira, às 21h30, no Maracanã, o volante terá a missão de marcar Lionel Messi, eleito o melhor jogador do mundo pela oitava vez na carreira.
"Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo são os três caras que eu cresci vendo, quando estava na base, perto de transitar para o profissional. São os caras que a gente vê na televisão e fica encantado. Poder estar disputando contra o Messi vai ser um jogo para ficar marcado, não só por isso, mas pelo conjunto todo, Brasil e Argentina, duas seleções top do mundo. Com certeza vai ser um dia muito especial, que ficará marcado para mim, se Deus quiser vamos sair com essa vitória no clássico", disse.
O volante, inclusive, voltará ao palco onde foi, recentemente, campeão da Copa Libertadores com o Fluminense. "É um lugar em que fomos campeões recentemente, um lugar especial. Ainda não sei quem vai jogar, mas tenho certeza que vai ser um jogo muito especial, voltar ao Maracanã, onde me sinto em casa, e jogar um Brasil x Argentina se torna mais especial ainda. Está sendo um mês de novembro diferente para mim, realizando sonhos, creio que tem tudo para nosso time chegar e fazer uma partida histórica."
André admitiu, no entanto, que a equipe entra no duelo com a Argentina pressionada, mas não vê qualquer tipo de favoritismo. "Acho que não só aqui na Seleção, mas no geral, o time que está lá embaixo naturalmente vai jogar mais pressionado porque precisa da vitória, precisa pontuar, é um jogo histórico, é um superclássico, um jogo em que não há favorito. Nosso jogo vai entrar para competir muito, essa é a principal coisa, e entrar para jogar também. Temos que fazer o que temos treinado, colocar ainda mais em prática as coisas, melhorar a marcação, melhorar o ataque, evoluir. Pelo que conheço do Diniz, nosso time vai entrar para pressionar, marcar alto, independente do adversário nosso time vai fazer o nosso jogo."
A seleção brasileira entra na partida na quinta colocação, com sete pontos, atrás de Argentina (12), Uruguai (10), Colômbia (9) e Venezuela (oito).
"É um jogo, por se tratar do superclássico, que tem um peso maior. Como falei antes, nosso time está no processo, vamos entrar para competir, jogar de igual para igual. Nossa seleção tem os melhores jogadores do mundo, não tem por que trazer esse peso todo para nós. É um jogo no Maracanã, que a torcida possa comparecer, nos apoiar, estar os 90 minutos do nosso lado, isso será importante. Sabemos que é um momento de adaptação, resultados não estão vindo, torcedor fica chateado. No último jogo, contra a Colômbia, todo mundo ficou muito triste por estar ganhando e levar um gol aos 75 e outro aos 78, de cruzamento. Nosso time ficou chateado, mas não tem jeito, é trabalhar firme, competir e trazer o torcedor para o nosso lado", disse.