O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reúne nesta terça-feira, 9, com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e representantes das centrais sindicais para discutir a proposta do governo para a reoneração parcial da folha de pagamento.
Ao chegar à Fazenda para o encontro, Marinho disse que a reunião atendia a um pedido de Durigan, que está trabalhando na articulação política para viabilizar a aceitação da medida provisória (MP) que o governo propôs no final do ano passado revogando a desoneração da folha e propondo uma solução que prevê a retomada gradual da cobrança da alíquota de contribuição previdenciária sobre o salário.
Como o <i>Broadcast</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) já mostrou, a inclusão das centrais sindicais neste debate foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Durigan e Marinho, participam desta reunião o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, e Sérgio Nobre, da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Adilson Gonçalves de Araújo, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Antônio Fernandes dos Santos Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Miguel Eduardo Torres, da Força Sindical; Artur Bueno de Camargo, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST); Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Adriana Marcolino, do Dieese.
A reunião ocorre em meio à pressão de parlamentares pela devolução imediata da MP. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve discutir o tema com líderes da Casa nesta terça-feira.
O Ministério da Fazenda considera a MP indispensável para o ajuste das contas do governo neste ano e para alcançar a meta de déficit zero, como prometido pelo ministro Fernando Haddad.
A alegação é que a desoneração para 17 setores, como aprovada pelo Congresso, custa R$ 12 bilhões. Outros R$ 4 bilhões seriam necessários para bancar a extensão do benefício para pequenas prefeituras em 2024.