Após ser absolvido neste sábado (13) no processo de impeachment, o ex-presidente dos EUA Donald Trump agradeceu a seus apoiadores e aos senadores que votaram por sua absolvição e disse que o movimento "Fazer a América grande de novo" (Make America Great Again) "apenas começou".
Uma condenação poderia impedir Trump de concorrer a cargos federais, o que o deixaria fora de nova disputa pela Casa Branca. Com a absolvição, Trump pode se candidatar nas próximas eleições presidenciais. Trump era acusado de incitar o ataque ao Capitólio do dia 6 de janeiro, quando uma multidão invadiu o prédio do Congresso americano e tentou impedir a sessão de certificação da vitória de Joe Biden.
O ex-presidente se caracterizou como vítima, chamando seu impeachment de "mais uma fase da maior caça às bruxas da história de nosso país". "Nenhum presidente jamais passou por algo parecido", acrescentou.
No julgamento, 57 senadores votaram pela condenação e 43 pela inocência. Eram necessários 67 votos para condenar o ex-presidente.
Vale salientar que sete senadores republicanos votaram pela condenação: Richard Burr, da Carolina do Norte; Bill Cassidy, da Louisiana; Susan Collins, do Maine; Lisa Murkowski, do Alasca; Mitt Romney, do Utah; Ben Sasse, do Nebraska; e Pat Toomey, da Pensilvânia.
Outros republicanos criticaram as ações do presidente, mas disseram que não eram suficientes para a condenação ou que não era constitucional julgar um ex-presidente.
Embora tenha havido uma absolvição, o resultado marcou um nível histórico de apoio à condenação de um presidente ou ex-presidente por parte de seu próprio partido. Em um julgamento de impeachment no ano passado, um republicano, Mitt Romney, votou pela condenação de Trump por uma das duas acusações relacionadas ao esforço de Trump para pressionar a Ucrânia a investigar o agora presidente Joe Biden e seu filho. Fonte: Dow Jones Newswires.