Estadão

Petróleo fecha em alta e tem máxima em 4 meses, com sinal de demanda na China e riscos à oferta

O petróleo fechou em alta nesta segunda-feira, 18, apoiado por drivers altistas tanto do lado da demanda como da oferta. Dados econômicos fortes da China injetaram entusiasmo com o consumo da maior importadora de commodities do mundo, enquanto o aperto às exportações iraquianas e as tensões entre Rússia e Ucrânia alimentaram percepção de restrição no abastecimento de petróleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,96% (US$ 1,58), a US$ 82,16 o barril, enquanto o Brent para maio subiu 1,81% (US$ 1,55), a US$ 86,89 o barril, na ICE. Nas máximas intraday, os contratos alcançaram os maiores níveis desde novembro de 2023, há quatro meses.

A produção industrial e as vendas no varejo da China expandiram mais que o esperado no primeiro bimestre deste ano. Analista da StoneX, Bruno Cordeiro afirmou que os resultados incentivaram perspectivas mais otimistas em relação à demanda por petróleo e derivados no país.

Hoje, o Iraque anunciou redução nas exportações de petróleo bruto a 3,3 milhões de barris por dia nos próximos meses, como forma de mitigar os aumentos vistos nos dois primeiros meses do ano.

Como outro fator sustentando a valorização da commodity, Cordeiro citou os recentes ataques a drone da Ucrânia na Rússia, que na última semana atingiram refinarias russas, ameaçando a oferta global.

A <i>Reuters</i> reportou que o Kremlin planeja aumentar as exportações de petróleo em março em quase 200 mil barris por dia como resposta, mas o relato não promoveu alívio suficiente para impedir a alta nos preços.

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