O nome de Guilherme Arana mais uma vez aparece envolvido em clubes gigantes da Europa, como o Paris Saint-Germain. Querendo fazer história defendendo as cores do Brasil após a frustração de perder a Copa do Mundo do Catar por grave lesão no joelho, o lateral-esquerdo não quer saber do assédio europeu, garante estar bem no Atlético-MG e disposto apenas a se firmar defendendo o País.
"Sinceramente, eu vi algumas notícias, mas até o momento não chegou nada. Sempre tive o sonho de jogar no futebol europeu, tive uma primeira passagem não tão boa (no Sevilla), mas serviu de aprendizado. Estou bem tranquilo, muito feliz no Atlético e na seleção brasileira, focado no trabalho aqui e deixo proposta e interesses para meus empresários e família. A cabeça está voltada aqui", afirmou o lateral, titular os 90 minutos contra o México e esperando ganhar sequência de jogos apesar da sadia disputa com Wendell.
"Temos um grupo jovem, contra o México começamos bem, depois, claro, pela falta de entrosamento, o clima quente, caímos, mas com organização, paciência e também com espírito de brigar pela vitória até o fim fomos felizes. Vivo um excelente momento no meu clube e isso gera confiança grande. Espero fazer aqui na seleção a mesma coisa para me firmar e voltar cada vez mais."
Sobre a possibilidade de Dorival Júnior mexer na escalação diante dos Estados Unidos, nesta quarta-feira – a defesa atuou o tempo todo diante dos mexicanos, no triunfo por 3 a 2 com gol no fim, no sábado -, Arana vê como natural.
"Basicamente, é uma disputa sadia e todos querem seu espaço. Tem a irmandade fora de campo, todo mundo se respeita e se dá bem. Estamos aqui para elevar o nível da seleção brasileira, independentemente de quem joga, precisamos estar bem preparados porque vamos necessitar de todo mundo", explicou.
"Aqui eu já conheci o Alex Telles, o Alex Sandro, e o Wendell agora, são caras sensacionais, ele é super gente boa, a concorrência me ajuda e estamos correndo juntos pela posição. Claro que quero jogar, mas trabalhamos para quando sair, ser todo mundo amigo e se abraçar. Na seleção, todo mundo vai vencer junto ou perder junto se tiver de perder. O importante é se respeitar sempre, pois tem disputa sadia em todas posições. Todos querem jogar e o importante é o respeito um pelo outro."
Diferentemente de 2022, quando fazia muitos planos para a Copa do Mundo do Catar, Arana agora prefere viver um dia de cada vez. Nada de pensar no futuro para evitar nova decepção. "Estamos em reformulação. Claro que temos alguns jogadores com mais minutos e mais convocações e isso se torna o mais importante para jovens que estão chegando, mas esse (Copa do Mundo) não é o papo. E tenho frustração sobre comentar antes da hora, criei expectativa gigantesca na cabeça, aconteceu tudo o que aconteceu e agora procuro só trabalhar para merecer chegar onde sempre sonhei", falou, relembrando da lesão que o tirou do Catar – rompimento multiligamentar do joelho esquerdo.
"Após uma lesão muito grave como essa, passam diversas coisas pela cabeça. Você acha que não é possível voltar a jogar em alto nível. Criei muitas dúvidas durante o processo da lesão, mas tive estrutura, a família, amigos de clube e até de rivais me incentivando e passando força e felizmente consegui voltar em alto nível no clube e depois representar meu País, que tenho muito orgulho. Estou muito feliz de ganhar outra oportunidade", concluiu.