As bolsas de Nova York fecharam em baixa, com recuo especialmente do Nasdaq, que caiu mais de 3%, em sua maior baixa em três semanas. A alta nos rendimentos dos Treasuries voltou a influenciar os negócios nas bolsas americanas, diante da possibilidade de aumento nos custos de financiamento para as empresas.
Sinais de fragilidade no mercado de trabalho americano ainda levantam dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia, apesar da vacinação em ritmo acelerado no país.
Com a possibilidade de demanda mais fraca do que o esperado, o petróleo despencou nesta sessão e levou para baixo as empresas do setor, como Chevron (-3,62%) e ExxonMobil (-4,31%).
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,46%, aos 32.862,30 pontos, o S&P 500 tem queda de 1,48%, aos 3.915,46 pontos, e o Nasdaq recuou 3,02%, aos 13.116,17 pontos.
Na maior queda do índice desde 25 de fevereiro, a Tesla despencou 6,93%, em dia marcado por um acidente com um de seus veículos autônomos, que levantou questionamentos sobre segurança e eficácia. A baixa foi acompanhada por Apple (-3,39%), Amazon (-3,44%) e Twitter (-4,96%).
"A combinação de condições financeiras incrivelmente relaxadas, que dificilmente diminuíram nas últimas semanas, aceleração da campanha de vacinação, outro pacote fiscal substancial recentemente legislado e prospectos de reabertura no horizonte certamente está aumentando a tolerância do Fed a rendimentos mais elevados", analisa a economista Anna Stupnytska, da Fidelity International.
Durante parte da sessão, as ações de bancos se valorizaram na esteira da alta dos Treasuries, mas reduziram ganhos ao final do dia. Os papéis do JPMorgan subiram 1,65% e Goldman Sachs avançaram 0,88%.
Na manhã desta quinta, o Departamento de Trabalho americano divulgou que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA atingiram 770 mil na última semana. O número ficou bem acima da previsão de economistas consultados pelo <b>The Wall Street Journal</b>, de 700 mil solicitações.