O humorista Diogo Almeida, que esteve em Guarulhos nesta terça-feira (13) para a realização de um show, satirizou o aumento de 2% dado pelo prefeito Lucas Sanches aos servidores públicos da cidade.
Conhecido por fazer piadas com os profissionais da educação, Diogo apresentava seu espetáculo “Tarja Preta” no Teatro Adamastor quando criticou a postura da Câmara e da Prefeitura em relação ao reajuste dos funcionários.
“É igual o Kiko quando ia divir as coisas com o Chaves: um pouco para você, um ‘poucão’ para mim”, brincou o influenciador, que já acumula mais de 2,5 milhões de seguidores no Instagram.
A piada faz referência ao aumento de 48% que os vereadores deram aos seus próprios salários. Os servidores, no entanto, tiveram um reajuste de apenas 2%, índice que está abaixo da inflação, segundo o IPCA.
O humorista também relembrou a polêmica envolvendo o vereador Kleber Ribeiro (PL), alvo de duras críticas por parte dos servidores da educação, especialmente professores, após supostamente tê-los chamado de ‘vagabundos’. O parlamentar nega as acusações.
“A gente tem que ouvir cada coisa que não é fácil não. E a pessoa que fala é a mesma que tinha aprovado um aumento de 48% para os vereadores”, disse.
Diogo continuou: “Eu tenho uma sugestão pra quem critica o trabalho dos professores. É simples: troca de trabalho com o professor. Aí você vai ver. 2% não é nada”, finalizou.
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Contexto
Em greve desde o início da semana, os servidores de Guarulhos exigem maior valorização da categoria. Nesta quinta-feira (15), milhares de funcionários se reuniram na Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade, para reivindicar um aumento salarial além dos 2% aprovado pela Câmara e sancionado pela Prefeitura.
Lucas Sanches afirma, no entanto, que a cidade não tem orçamento para fazer o reajuste proposto pelos servidores, de 8%. Com um discurso bem diferente de quando foi candidato, o prefeito alega que encontrou Guarulhos ‘com muitas dívidas’, mas mesmo assim apresentou uma proposta com 2% de reajuste salarial e correção dos benefícios pela inflação. “Queria dar 8%, 10%, até 15%… mas não há condição financeira”, disse.


