O motivo? A ausência da certificação de segurança necessária para liberar o funcionamento do sistema.
Implantado pelo consórcio AeroGRU e desenvolvido com tecnologia da empresa brasileira Aerom, o Aeromóvel utiliza propulsão pneumática, dispensando motores a bordo. A expectativa era que o sistema começasse a operar ainda em setembro, depois de vários adiamentos, mas a Aerom confirmou ao site Metrô CPTM que aguarda a emissão da autorização de segurança para iniciar as atividades. Essa certificação segue o rigoroso padrão internacional SIL4, o mesmo utilizado em sistemas metroviários e até em usinas nucleares.
A obra, que já passou por diversos adiamentos, está praticamente concluída, segundo a própria fabricante. Os testes foram realizados, os veículos estão entregues, e o sistema está pronto para operar. No entanto, a liberação depende da conclusão do processo de certificação, supervisionado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que acompanha o projeto por meio de relatórios, reuniões e visitas técnicas.
Com 2,7 km de extensão e quatro estações, o Aeromóvel terá capacidade para transportar até 2 mil passageiros por hora em cada sentido. A operação contará com três veículos — dois em uso e um reserva — e o tempo estimado de viagem entre os terminais e a estação da CPTM será de apenas seis minutos.
Enquanto a certificação não é emitida, os passageiros continuam dependendo dos ônibus gratuitos oferecidos pela GRU Airport, que enfrentam longos tempos de espera e menor conforto. A expectativa pela inauguração é alta, especialmente entre os usuários frequentes do aeroporto e da linha 13-Jade da CPTM.


