Polícia

Acusados de executar delator no Aeroporto de Guarulhos vão a júri popular

Os três policiais militares acusados de participação no assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach irão a júri popular, conforme decisão da Justiça de São Paulo.

Gritzbach, apontado como gestor financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi executado em 8 de novembro de 2024, no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Além dele, o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais morreu durante o ataque, e outras duas pessoas ficaram feridas.

Presos preventivamente no presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital paulista, os PMs que irão a júri popular são:

  • Fernando Genauro da Silva (tenente) — organização para a prática de violência armada;
  • Denis Antônio Martins (cabo) — organização para a prática de violência armada;
  • Ruan Silva Rodrigues (soldado) — organização para a prática de violência armada.

Segundo a investigação, Denis Antonio Martins e Ruan Silva Rodrigues foram os executores dos disparos de fuzil contra Gritzbach. Eles teriam agido em parceria com Fernando Genauro da Silva, acusado de dirigir o carro usado na fuga.

O ataque teria sido planejado por integrantes do PCC, por haver desconfiança de que Gritzbach desviava recursos em criptomoedas e após ele firmar delação premiada com o Ministério Público, quando detalhou o esquema de lavagem de dinheiro da facção e citou policiais envolvidos

Durante a execução, além de Gritzbach, os disparos atingiram outras vítimas que estavam próximas. O motorista de aplicativo Celso Novais foi morto, e duas pessoas sobreviveram com ferimentos. A decisão foi tomada pela Vara do Júri de Guarulhos e a sentença dada pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo no último dia 17.

O julgamento ainda não tem data marcada, mas a decisão ratificou a manutenção da prisão preventiva dos três policiais, que já estão detidos na Zona Norte de São Paulo.