A renomada atriz e comediante Berta Loran faleceu na madrugada desta segunda-feira (29), aos 99 anos, em um hospital particular no Rio de Janeiro. A artista, conhecida por sua contribuição ao humor na televisão e no teatro, completaria um século de vida em março de 2026.
Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta veio para o Brasil ainda na infância, fugindo da perseguição a judeus na Europa. Sua carreira artística começou nos palcos de teatro de revista do Rio de Janeiro, onde rapidamente se destacou por sua espontaneidade e irreverência, conquistando o público.
Com seu humor debochado e sotaque característico, ela foi uma das primeiras mulheres a se firmar no cenário do humor nacional, que na época era majoritariamente masculino.
A partir dos anos 1960, Berta Loran se tornou um nome familiar para os telespectadores brasileiros. Participou de programas de sucesso como o Riso Sinal Aberto (1966), Balança Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (1970), Satiricom (1973), Planeta dos Homens (1976), Escolinha do Professor Raimundo (1990), Zorra Total (1999) e A Grande Família (2012), além de diversas novelas e minisséries, como Amor com Amor se Paga (1984), Cambalacho (1986), Cama de Gato (2010), a segunda versão de Ti-Ti-Ti (2011), Cordel Encantado (2011) e A Dona do Pedaço (2019).
Em 2016, a trajetória da artista foi celebrada no livro “Berta Loran: 90 anos de humor”, escrito por João Luiz Azevedo. Nos últimos anos, Berta vivia reclusa e longe dos holofotes, mas deixa um legado marcante, construído ao longo de quase oito décadas de carreira, onde a comédia sempre foi sua assinatura.
Ainda não há informações sobre velório e enterro. A causa da morte também não foi divulgada.
