O Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) segue em processo de normalização das operações nesta sexta-feira, dois dias após a passagem do ciclone extratropical que atingiu a Grande São Paulo e demais regiões do Sudeste no início da semana. O fenômeno provocou fortes rajadas de vento — em algumas áreas superiores a 90 km/h — que comprometeram a infraestrutura e a malha aérea, gerando cancelamentos, atrasos e desvios de voos.
A concessionária responsável pela administração de Guarulhos informou que as operações estão progressivamente voltando ao padrão habitual, mas que ajustes no cronograma ainda ocorrem. As companhias aéreas orientam passageiros a confirmarem o status de seus voos diretamente com as empresas antes de se deslocarem até o terminal.
Voos impactados em Guarulhos e na malha aérea paulista
Segundo dados consolidados das últimas 48 horas:
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Guarulhos registrou cerca de 117 voos cancelados ou prejudicados entre quarta (10) e sexta (12), com impactos incluindo cancelamentos e destinos redirecionados.
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O total de voos afetados em toda a malha aérea de São Paulo, somando Guarulhos e Congonhas, ultrapassa 400 registros de cancelamento ou ajustes nos últimos dias, segundo levantamento de operadoras aéreas e concessionárias.
No Aeroporto de Congonhas, apesar de o terminal continuar aberto e com operações em curso, o volume de cancelamentos também foi expressivo ao longo da semana, com centenas de partidas e chegadas suspensas ou remanejadas por conta dos efeitos do ciclone na malha aérea regional.
Consequências no Brasil
Além da aviação, a passagem do ciclone extratropical deixou um rastro de destruição e transtornos no estado de São Paulo. O fenômeno provocou uma queda de energia que deixou cerca de 1,3 milhão de pessoas sem eletricidade, com árvores derrubadas sobre a rede elétrica, afetando também o abastecimento de água em diversos bairros.
O impacto se estendeu para além do eixo São Paulo: aeroportos de outras regiões do Brasil relataram atrasos e ajustes em voos, em virtude da necessidade de reorganizar a malha aérea — reflexo dos cancelamentos ocorridos nos principais terminais paulistas.
As autoridades aeronáuticas e meteorológicas seguem monitorando possíveis instabilidades e trabalhando com companhias aéreas para minimizar novos transtornos nos próximos dias, enquanto passageiros continuam recebendo suporte para remarcações ou reacomodações.


