Um dia após ser anunciado como reforço pelo Atlético Mineiro, o atacante Eduardo Sasha se pronunciou sobre sua saída do Santos. O jogador chegou a acionar a Justiça para deixar o clube, mas retirou a ação quando houve um acordo entre os times para a sua transferência. E responsabilizou o presidente José Carlos Peres pela sua decisão de deixar a Vila Belmiro.
"Quero esclarecer que quando tomei a posição de entrar na justiça, nada teve a ver com a instituição Santos Futebol Clube, torcida ou cidade. Pelo contrário. Fui muito bem recebido no município pelo torcedor e tenho uma ótima relação com todo mundo no dia a dia do clube. A posição que tomei foi pela falta de respeito e de postura do presidente do clube, que fez promessas e não as cumpriu", escreveu Sasha em publicação no seu perfil no Instagram.
Além disso, o atacante afirmou que o dirigente o ofereceu a outro clube sem o seu conhecimento. "Também quero esclarecer, que em determinado momento, fiquei sabendo pela imprensa que o presidente ofereceu um documento com porcentual de uma possível venda minha. Não conheço o empresário e não posso aceitar tal situação, pois sempre pautei minha vida por coisas corretas e não admito que alguém, que eu não tenho nenhuma relação, respeitando os possíveis intermediários que constam nesse documento, de negociarem em meu nome, sendo que eu tenho representantes oficiais. Fiquei sabendo desse fato por setoristas do clube", disse.
A ação do atacante na Justiça alegava atrasos salariais e redução sem acordo dos vencimentos durante o período da pandemia do coronavírus. Porém, diante do acordo entre Atlético-MG e Santos, por cerca de R$ 10 milhões, o jogador retirou o processo.
Em sua nota, Sasha diz que abriu mão de receber cerca de 90% do que teria direito através da ação judicial. Agora, então, vai atuar pelo Atlético-MG, time dirigido por Jorge Sampaoli, que foi seu treinador no Santos em 2019.
"Meus advogados sempre me passaram a situação muito clara e me informaram que eu teria êxito no final de toda essa pendência jurídica. Porém, como o Santos é vítima nessa história, eu decidi abrir mão de cerca de 90% do que teria direito de receber na ação para poder deixar no clube recursos de minha venda, que espero que auxiliem a quitar pendências existentes, principalmente com meus ex-companheiros, isso porque respeito a instituição e quero sair de lá pelas portas da frente e não em litígio", afirmou.