A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida ela Confederação Nacional do Comércio (CNC), teve em junho sua pior queda da série histórica, de 14,4% em relação a maio e recuo de 24,1% contra junho de 2019, caindo para 69,3 pontos. Com a baixa, o ICF volta ao patamar de julho de 2016, informou a CNC.
A aquisição de bens duráveis segue se destacando negativamente. A parcela de consumidores que acreditam ser um mau momento para compra de duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis, atingiu 77%, o maior porcentual deste item desde a primeira pesquisa.
Assim como no mês passado, esse indicador registrou as maiores quedas mensal e anual entre os índices de junho: -23% e -36,4%, respectivamente. Com isso, atingiu sua pior pontuação na história (40,4), terminando como o menor subíndice da pesquisa.
A parcela de brasileiros que se sentem menos seguros com o seu emprego atingiu o nível mais elevado da série (32,6%). O subíndice Emprego Atual registrou suas quedas mais significativas, tanto no comparativo mensal (-12,6%) quanto no anual (-23,7%), caindo ao menor nível histórico (88,5 pontos).
"É a primeira vez, desde junho de 2016, que esse indicador entra na zona de pessimismo (abaixo de 100 pontos), revelando a insatisfação das famílias nesse sentido", diz a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva.
As avaliações negativas sobre a renda atual também fizeram com que este indicador alcançasse o menor nível da série histórica (84 pontos) em junho, após quedas mensal (-13%) e anual (-21,8%).
Apenas o acesso ao crédito continua positivo na comparação anual, em alta de 1,1%, aos 87,5 pontos, mas cedendo 5,5% frente ao resultado de maio.