A oferta mundial de petróleo se reduziu em 600 mil de barris por dia (bpd) em setembro, para 91,1 milhões de bpd, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). A queda, conforme relatório mensal da entidade, com sede em Paris, reflete o corte de produção nos Emirados Árabes Unidos e a manutenção dos fluxos de corte no Mar do Norte e no Brasil, mais do que compensando a recuperação vista nos Estados Unidos depois de o furacão Laura ter forçado fechamentos preventivos no mês de agosto.
O patamar da oferta de petróleo em setembro ficou, de acordo com a AIE, 8,7 milhões de bpd abaixo do nível apresentado pelo setor no término de 2019.
Já em outubro, a Associação lembra que a greve em petrolíferas na Noruega e o Furacão Delta, no Golfo do México, nos Estados Unidos, interromperam brevemente volumes substanciais de produção. "Quaisquer perdas provavelmente serão compensadas por ganhos adicionais na Líbia, caso seu cessar-fogo se mantenha, e se os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) produzirem conforme as metas acordadas", explica a AIE. Em setembro, a produção da Opep+ teve queda de 410 mil bpd.
Diante disso, a entidade espera que no quarto trimestre a oferta mundial de petróleo aumente para 92 milhões de bpd, ante uma média de 91,3 milhões de bpd no terceiro trimestre. Das três maiores produtoras, prevê a Agência, o fornecimento nos Estados Unidos deve encolher em 160 mil de bpd, enquanto a Arábia Saudita e a Rússia devem apresentar crescimento de mais de 300 mil bpd, cada, na mesma base de comparação.
A perspectiva da AIE para o ano como um todo é de queda de 1 milhão de bpd na produção russa em relação a 2019, de 700 mil bpd nos Estados Unidos e de 600 mil bpd na Arábia Saudita. A Agência também informa que espera que o fornecimento total de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) diminua em 2,6 milhões de bpd, antes de registrar uma recuperação modesta em 2021 de cerca de 400 mil de bpd.