As famílias brasileiras gastaram 0,78% a mais com Transportes em julho, um impacto de 0,15 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta de julho foi puxada pela gasolina, que ficou 3,42% mais cara, item de maior pressão na inflação do mês, o equivalente a 0,16 ponto porcentual.
Os preços dos combustíveis subiram 3,12% em julho. Também ficaram mais caros o etanol (0,72%), gás veicular (0,56%) e óleo diesel (4,21%).
Por outro lado, as passagens aéreas caíram 4,21% em julho, após o tombo de 26,01% em junho. O item deu uma contribuição negativa de apenas 0,01 ponto porcentual no IPCA de julho, assim como o transporte por aplicativo, que passou de uma queda de 13,95% em junho para redução de 8,17% em julho.
Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, a flexibilização das medidas de isolamento social adotadas no combate à pandemia da covid-19 ainda não se reflete nos preços das passagens aéreas.
"Para a passagem aérea, a coleta é com dois meses de antecedência. Então os preços foram coletados em maio para viagens em julho. A quantidade de voos tem aumentado mais agora em julho e agosto, então isso vai ter reflexo mais para frente, disse Kislanov. "Transporte por aplicativo tem oferta e demanda, mas também os custos. A gasolina tem subido, os combustíveis têm subido", completou ele, referindo às quedas menores em ambos os itens em julho ante o resultado de junho.
No ano, as passagens aéreas acumulam um recuo de 57,02%, enquanto o transporte por aplicativo cai 24,17%.
Ainda em Transportes, o metrô subiu 0,94% em julho, em função do reajuste de 8,70% nas passagens no Rio de Janeiro vigente desde 11 de junho.