Cinema

Jac J3, uma avaliação em dois tempos

Testamos dois carros da fabricante chinesa; na segunda vez, o resultado foi positivo

A experiência do HOJE com o novo J3, o carro de entrada na chinesa Jac no Brasil, pode refletir um pouco aquilo que passam alguns consumidores que aderem à marca logo de cara. Apesar de adaptado ao Brasil, já que é produzido seguindo uma série de padrões e necessidades nossas, ele ainda sofre alguns problemas comuns na fase de tropicalização.

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Tanto que foram necessários dois carros diferentes para completar a avaliação jornalística.

O primeiro J3, logo de cara, incomodava um pouco pela performance que deixou a desejar principalmente na cidade. Lento nas retomadas, passava a impressão que faltava motor. Era algo como comportamento de um 1.0 mas em um carro 1.4. Após desligá-lo, em uma garagem fechada, pairava um odor quase insuportável, demonstrando haver alguma coisa errada com o catalisador.

Antes de ir para a estrada, acende a luz amarela no painel central EPD, com o carro ficando acelerado por alguns segundos após tirar o pé. Suspense. Depois de rodar alguns quilômetros e desliga-lo, tudo volta ao normal. Consultado o manual, sabe-se que a luz indica algum problema no motor.

Por prudência, o carro foi devolvido à Jac após menos de 200 quilômetros de avaliação apenas em cidade. Consultada, a assessoria do fabricante informou que houve um problema de software, facilmente corrigível, o que pode ter concorrido inclusive para o mau cheiro percebido. Mas indicou que a atitude mais correta é procurar uma concessionária imediatamente.

Primeira imagem não é a que fica

Uma semana depois, outro J3 foi cedido para dar sequência a avaliação. Logo de cara, deu para perceber a diferença. O novo modelo, equipado com bancos de couro, um dos poucos acessórios que podem ser instalados nas concessionárias, demonstrou ser bem mais esperto, principalmente no tráfego urbano, o suficiente para ofuscar a imagem negativa deixada pelo primeiro modelo. Trata-se de um carro bem adaptado às condições brasileiras, valente perante as intermináveis imperfeições de nosso asfalto, com facilidade nas trocas de marchas e boas arrancadas.

Na estrada, boas notícias. O compacto chinês responde bem em retomadas, mesmo com quatro ocupantes à bordo. Lógico que seguindo o limite de um carro com motor 1.4 16 válvulas que oferece 108 cavalos de potência. Com quase um tanque de gasolina, foi possível rodar perto de 400 quilômetros, mais da metade na cidade e o restante em rodovias. Como o reservatório é de 48 litros, dá para pressupor uma média próxima aos 9 km/l.

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