O Ministério Público Estadual abriu representação contra a Ecopistas – concessionária que administra o complexo Ayrton Senna/Carvalho Pinto – para a construção de uma passarela no quilômetro 22 da rodovia, na região da Cidade Satélite, no limite com o bairro Ermelino Matarazzo, na Capital.
A falta da passarela obriga os pedestres a se arriscarem para atravessar a marginal lateral, até chegar à escada de estrutura metálica com tábuas de madeira, que leva até o viaduto que interliga os dois municípios.
O motorista Clodoaldo Passinho dos Reis, de 40 anos, utiliza a escada há um ano para chegar ao viaduto e passar para o outro lado da rodovia, em direção ao seu trabalho. "Essa estrutura é perigosa, já vi uma senhora cair e se machucar. Além disso, à noite somos alvos de bandidos porque não tem nenhuma iluminação", afirma.
Depois de ser acionado pela população, o Ministério Público Estadual iniciou um inquérito civil público para apurar as razões da concessionária administradora da rodovia, que envolve a construção da passarela. O processo foi iniciado após a morte de mais um pedestre, trabalhador das áreas locais.
A Ecopistas esclarece quede acordo com o contrato de concessão, deve construir uma passarela no km 23 da via Ayrton Senna, entre junho de 2011 e junho de 2014, independente da representação efetuada no Ministério Público.
A empresa ainda informou que em meados de 2010, foi instalada uma escada metálica para acesso do viaduto sobre a rodovia Ayrton Senna, no km 22. Além disso, a concessionária instalou 600 metros de tela de proteção no canteiro central da via, entre o km 22 e 23, para evitar a travessia pelas faixas de rolamento.
