Os perueiros que atuam no transporte de passageiros, respaldados por liminares, são contra um novo edital para regularizar o sistema. Os profissionais representados pela Agata (Associação Guarulhense da Área do Transporte Alternativo) afirmam que não são favoráveis ao edital que a Prefeitura deve lançar até o final do mês regularizando o sistema alimentador. De acordo com Walmir Ricardo, advogado representante dos alternativos, essa medida aumentará ainda mais os problemas com transporte na cidade.
"Se for promovida uma pesquisa com os usuários do sistema, 90% preferem o transporte alternativo como uma forma mais rápida para chegar ao seu destino. Todos os passageiros comentam que o tempo de deslocamento foi aumentado, em torno, de duas horas até a chegada do destino", afirmou Walmir.
Segundo o advogado, a última audiência pública, realizada no dia 25 de julho, não foi íntegra e esclarecedora, o que seria um pré-requisito para lançamento de uma nova licitação e do edital. "A referida audiência não atingiu seu objetivo que é o de esclarecer a sociedade sobre a licitação. O secretário não respondeu às indagações dos presentes que fizeram de forma oral e nem as escritas, como não explicou nem o geral de como seria a nova licitação", enfatizou.
O edital visa reorganizar o sistema público eliminando os problemas existentes desde a implantação do Bilhete Único. Contudo, não se tem informações se mais profissionais receberão a licitação. "Não se sabe aonde o órgão gestor conseguiu um número de 301 permissionários, como sendo ideal para alimentar o sistema de transporte público de Guarulhos", afirmou Walmir.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos em Lotação (Sindlotação), Cícero Sebastião Araújo, conhecido por Mossoró, o problema é o valor repassado para a categoria. De acordo com ele, os permissionários estão em desvantagem em relação aos demais, uma vez em que recebem R$10 mil a menos do que os profissionais que possuem a liminar, que recebem R$30 mil, referente a tarifa cheia. Para Walmir ambos ganham o mesmo valor, o problema está na má administração das cooperativas.