Ao que tudo indica o rio Baquirivu-Guaçu continuará provocando enchentes e problemas na cidade. Segundo o secretário de Obras, João Marques Luiz Neto, durante audiência pública na semana passada, a pasta espera uma intervenção do Governo do Estado para a realização das obras, porém não há nada de concreto ainda.
"Essa é a mais importante obra de contenção de cheias, porque atinge um número maior de pessoas, mas infelizmente tenho que admitir que as conversações não têm avançado", afirmou.
A posição do Estado é necessária para que seja cumprido o que consta no Plano Diretor de Macrodrenagem da bacia do Alto Tietê, que diz respeito à construção de vários reservatórios de retenção (piscinões) e da canalização do canal de circunvalação na região do Baquirivu para resolver os problemas de enchentes.
No mês passado, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) iniciou o processo de licitação para desenvolvimento do projeto de canalização de 19 quilômetros do rio. O trecho beneficiado se estende da Estrada dos Vados (divisa de Guarulhos com Arujá) até a foz no rio Tietê, excluindo trecho já canalizado próximo ao Aeroporto Internacional de Cumbica.
A licitação inclui a elaboração dos projetos executivos para a construção de dois piscinões na margem direita do rio Baquirivu-Guaçu: RBA-03, localizado entre as ruas Prado e João Ranieri, com capacidade para acumular 224 mil metros cúbicos de água das chuvas; e RBA-05, aproximadamente 180 metros a montante da foz do ribeirão das Lavras, com capacidade para 690 mil metros cúbicos.
O DAEE explicou que esta licitação visa o desenvolvimento dos projetos e não a execução das obras que ficará a cargo da empresa a ser contratada, que deverá realizar o estudo hidrológico do rio e executar os projetos. O prazo para este trabalho é de 21 meses, tempo considerado excessivo para a Secretaria de Obras, que acredita que neste período boa parte da obra já poderia estar concluída.