Cidades

Trânsito carregado e empreendimento imobiliário podem fazer quarteirão sumir na Mãe dos Homens

Prefeitura pretende eliminar um quarteirão inteiro entre as ruas Mãe dos Homens e Coronel Raul Furquim

A reportagem do HOJE apurou que a Prefeitura de Guarulhos já tem um plano diretor para eliminar um quarteirão inteiro entre as ruas Mãe dos Homens e Coronel Raul Furquim, região central da Cidade. Reuniões, inclusive, já teriam sido feitas com algumas secretarias e até mesmo como comando de policiamento de área para saber a viabilidade do projeto e de qual forma o processo seria viabilizado.

A reportagem apurou que o motivo principal seria o esgotamento viário da Mãe dos Homens e, como fator agravante da situação, a entrega próxima de um conjunto de prédios em frente ao quarteirão que deverá agregar cerca de mil novos veículos à região. A idéia, segundo o apurado, é a construção de uma rotatória para aumentar a fluidez no trânsito e alargar o ligamento da Mãe dos Homens com a Rua Jardim Alegre.

Comerciantes do local dizem não terem sido comunicados de nada, mas que os boatos são fortes. "Já ouvi dizer, mas nada de concreto. E se a prefeitura quiser, consegue desapropriar facilmente todos os imóveis do quarteirão porque parece que as construções estão todas irregulares", comentou João Firmino da Costa, dono de um bar em frente ao CPA-M7. "A mais de um ano que ouço esse boato", acrescentou. A facilidade na desapropriação pela qual o comerciante se referiu, deve-se a proibição de construções a menos de cinco metros das margens de rios conforme a lei de proteção ambiental.

Já Edson Nazaré, também comerciante do quarteirão que deverá ser extinto, não ouviu falar da desapropriação, mas falou também sobre as construções irregulares. "Parece qu tem uma lei que proíbe construção próximo a um rio. Eu alugo esse espaço, e se tiver de sair daqui fico preocupado com a clientela que conquistei em doze anos neste ponto", opinou o comerciante que tem uma loja automotiva.

A reportagem solicitou esclarecimentos à Prefeitura sobre a possível desocupação mas, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta havia sido enviada.

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