Cidades

Terreno na Salgado Filho vira lixão a céu aberto

Local já foi usado por várias empresas, mas hoje está abandonado

Depois que madeireiras, marmorarias, serralherias e depósitos de materiais de construção foram interditados pela Polícia Ambiental em um trecho da avenida Salgado Filho, no final da avenida Suplicy, em agosto do ano passado, o imenso terreno abandonado começou a ser utilizado para descarte de lixo a céu aberto.

Na época, as empresas foram removidas do local porque estavam ocupando uma área de preservação permanente.

Moradores próximos da região estão indignados e fazem o seguinte tipo de questionamento: "Como uma área que deveria ser bem cuidada, já que está próximo de mananciais, foi ficando imunda desta maneira?".

Mesmo com a interdição dos terrenos, os proprietários são responsáveis pela manutenção e bom estado da área. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SDU) informa que os proprietários dos terrenos foram notificados pela falta de reparo no passeio, de muro e de limpeza dos terrenos.

Proguaru diz que não é responsável pelo terreno

Transeuntes que preferiram não se identificar afirmam que o lixo provém dos próprios moradores da favela em frente o terreno. "Existem muitos catadores de materiais recicláveis que fazem a separação do material no próprio terreno e depois não recolhem os restos de lixo, que vão parar dentro do córrego quando chove".

A dona de casa Lívia Soares Santos, 32 anos, mora em um condomínio da Salgado Filho fica inconformada quando precisa passar em frente ao terreno e observa o montante de lixo. "Retirar toda sujeira, ao menos uma vez por semana, era o mínimo que poderia ser feito em uma área de preservação".

Questionada sobre a frequência de limpeza que é feita no terreno, a Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos (Proguaru) informou que não é responsável pela limpeza de terrenos particulares.

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