Os campeões de reclamação continuam sendo as instituições financeiras, empresas de telefonia móvel e fixa; planos de saúde e prestadores de serviços privados. "A dívida bancária é outro vilão na vida das pessoas. Quando o consumidor tenta transferir a dívida com juros mais altos para outra instituição com juros mais baixos acaba ficando com dois débitos. Isso porque o cidadão está em débito com o banco A e vai ao banco B e faz outra dívida. O banco B promete que vai quitar o banco A, só que isto não ocorre e o consumidor fica com as duas dívidas", explicou o advogado e presidente do Idecon, Reginaldo Araújo Sena.
Segundo o gestor do Procon/Guarulhos, Jorge Wilson Gonçalves de Mattos, as áreas de assuntos financeiros e serviços privados são as mais demandadas.
"Nas instituições financeiras são casos envolvendo juros altos, empréstimos não reconhecidos, saques indevidos; nos planos de saúde têm casos de falta e demora no atendimento e reajustes abusivos. Já a telefonia envolve contas indevidas, má prestação do serviço", afirmou.
No entanto, se compararmos o número de casos solucionados, ambos os órgãos possuem o mesmo índice de 70% de situações resolvidas. Segundo o Procon, os casos emergenciais são tratados de forma mais rápida, em especial os relacionados à saúde, chegando a 95% de casos resolvidos. Já no Idecon parte das demandas é resolvida diretamente com os fornecedores de produtos e serviços, e a outra parte é encaminhada para o Juizado de Pequenas Causas.
Ambos os órgãos são especializados na defesa dos direitos dos consumidores diferenciando-se pelo fato do Idecon ser uma associação privada, mantida por doações voluntárias e associados, enquanto o Procon é um órgão público.
