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Corredor da Paulo Faccini se justificaria sem faixa para ônibus

A instalação de um Corredor de Ônibus na avenida Paulo Faccini, que atravessa o Centro de Guarulhos não é viável.

Entretanto, as obras na avenida seriam muito bem vindas caso a Prefeitura abrisse mão da instalação de um Corredor para o transporte coletivo, já que a Paulo Faccini não tem qualquer vocação para tal, tanto é assim que – após a reformulação de todo o sistema de transportes da cidade – a própria Secretaria de Transportes e Trânsito reservou para a via apenas duas linhas (antes não havia nenhuma).

Ou seja, dentro do próprio planejamento da atual administração, ela não deveria contar com um corredor. Até na foto de divulgação da Prefeitura, que reproduz um cenário de como ficará a nova avenida, não aparece um ônibus sequer, nem tampouco o espaço para eles.

Mas no pacotão de verbas anunciados pela presidente Dilma Rousseff (PT) no início do mês para Guarulhos estão lá R$ 210 milhões para o Corredor Paulo Faccini, ligando o Viaduto Cidade de Guarulhos até a avenida Suplicy (já pela avenida Salgado Filho após o final da Paulo Faccini). Como o dinheiro é carimbado pelo PAC Mobilidade, que prevê ações que priorizem o uso de transportes públicos, o guarulhense verá sua avenida perder sua vocação e receber, a fórceps, linhas de ônibus que fogem de qualquer planejamento.

Lamentavelmente, as atuais políticas públicas não enxergam que o transporte por automóveis também significa mobilidade.

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