Quais alimentos são saudáveis? O que é um prato rico em nutrientes? Refrigerantes e salgadinhos fazem mal à saúde? Para responder essas e outras dúvidas, até sexta-feira (23), 3.063 escolas da rede estadual de ensino convidam os alunos a participar da Semana da Educação Alimentar. Na programação estão oficinas culinárias, mapeamento nutricional e um ‘bingo de alimentos’. A proposta é orientar os alunos do Ensino Fundamental e Médio as vantagens de uma vida balanceada.
Para auxiliar as unidades de ensino, nutricionistas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo prepararam atividades de acordo com a faixa etária dos alunos. A equipe levou em conta os conhecimentos de crianças e jovens sobre o assunto e como as dicas podem ser colocadas em prática com mais facilidade.
Dessa forma, as turmas do Ciclo I do Fundamental terão a companhia de fantoches e histórias em quadrinhos sobre a merenda escolar. Eles ainda vão aprender a preparar o suco do ‘Hulk’ e da ‘Barbie’. Já para os alunos do Ciclo II, o foco é a pirâmide alimentar. Quem quiser também terá a chance de degustar algumas verduras e legumes que nunca viram ou comeram.
Para o Ensino Médio, a ideia é discutir questões como alimentação e estética, a influência das campanhas publicitárias e fazer um raio-x sobre a quantidade de açúcar, gordura e sal de algumas guloseimas. Os estudantes ainda participarão de um concurso para revelar o chef da escola.
"Investir em ações de conscientização e controle nutricional dos nossos alunos também é papel das escolas. Essas mobilizações, além de ensinar, incentivam para adoção de uma vida mais saudável", afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.
Programa “Alimentação Saudável”
No final do mês de abril, a Secretaria da Educação divulgou os primeiros resultados do Programa Alimentação Saudável, parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e que traçou o perfil nutricional de 12 mil estudantes, de 6 a 18 anos de idade, da rede estadual de ensino. De acordo a amostragem, 71% desses alunos estão no peso ideal. Por outro lado, o índice de sobrepeso, que no Brasil chega a 30% e preocupa especialistas, é de 19% em São Paulo.
Cerca de 500 educadores capacitados – entre diretores, vice-diretores, professores coordenadores e professores de educação física – mediram o peso e a altura de alunos e alunas de 128 unidades escolares estaduais do interior, capital e Região Metropolitana de São Paulo. A amostra foi aleatória.
Até o final do ano, uma nova pesagem será feita com os estudantes e vai avaliar como a ação da Educação, em parceria com a atuação das famílias, influenciou as taxas.