Segundo o vereador Gilvan Passos (PSDB), os parlamentares que compõem a bancada do PSDB na Câmara Municipal usarão as prerrogativas, para propor a CEI para que a apuração do caso de ataques contra o presidente do PSDB, Aécio Neves, feitos pelas redes sociais por funcionários comissionados da Prefeitura de Guarulhos, conforme apontou a Justiça, não fiquem apenas no campo administrativo.
“A constatação é grave e já ocorreu anteriormente com o deputado Carlos Roberto. Vamos apurar inclusive o envolvimento da Empresa P.G. Com, que foi a agência responsável por toda a publicidade da Prefeitura nos últimos 14 anos e que também aparece envolvida nessa escandalosa operação”, afirmou o vereador.
Para a instalação da CEI são necessárias pelo menos 11 assinaturas de vereadores, uma tarefa bastante difícil já que a base do prefeito Sebastião Almeida (PT) na Câmara conta com 30 parlamentares. Apenas três vereadores do PSDB se apresentam como Oposição, enquanto Gustavo Guti (PV) se declara independente, mas geralmente vota contra o governo.
O líder do PT na Câmara, Samuel Vasconcelos, é sogro da comissionada Nataly Diniz, que acabou exonerada nesta terça-feira pelo prefeito mesmo antes das responsabilidades serem apuradas. A Prefeitura anunciou que irá instalar uma sindicância interna para apurar o caso, mas não há qualquer garantia que os verdadeiros responsáveis sejam punidos. A tendência da administração é apontar que se tratou de uma ação isolada de uma funcionária.
O marido de Nataly, Tiago de Albuquerque, foi o responsável pelas redes sociais durante a campanha à reeleição de Almeida. Na ocasião, acabou condenado por ataques contra o então candidato do PSDB, Carlos Roberto. Atualmente, ele atuava dentro da Secretaria de Comunicação apesar de não ser funcionário da Prefeitura. Tiago estaria alocado pela Agende (Agência de Desenvolvimento de Guarulhos), que receber mais de R$ 12 milhões por ano da administração municipal para realizar projetos voltados ao “desenvolvimento” da cidade.
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