Cidades

Metalúrgicos querem anulação da venda de imóvel da MTP

Em greve há mais de 20 dias, funcionários da MTP (Metalúrgica de Tubos de Precisão) lutam constantemente para receber seus respectivos vencimentos, que se encontram em atraso por aproximadamente 3 meses. De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, José Carlos de Oliveira, o departamento de Recursos Humanos da empresa que fechou as portas de sua fábrica na cidade, prometeu pagar parte do pagamento na próxima quinta-feira, 12.
 
O prometido pagamento é referente ao 13º salário que se encontra em atraso. No entanto, o GuarulhosWeb apurou que existem outros funcionários que estão há mais de 1 ano sem receber qualquer quantia da MTP, que mantém unidades fabris em Mauá (SP), região do ABCD, e outra no estado do Rio de Janeiro.
 
"Eu fui demitido a 1 ano e 3 meses e não recebi nada. Desde 2013 começou a demissão e apenas poucos receberam. A empresa alega que não tem dinheiro para pagar. É sempre a mesma coisa", disse o ex-forneiro da MTP, Severo Joaquim, 64 anos, que também sem receber seus vencimentos apoia os demais colaboradores que deixaram a fabrica guarulhense. 
 
Diante deste cenário de incertezas, Oliveira afirmou que caso não tenha uma solução favorável, existe a possibilidade do Sindicato dos Metalúrgicos migrar o mesmo ato realizado em Guarulhos para as demais sedes da empresa.
 
"Ele (Jonas Hipólito de Assis) não se manifesta e somente o RH (departamento de Recursos Humanos) fala. Inclusive garantindo que dia 12 (deste mês) paga o 13º salario que está em atraso e assim saímos da porta da empresa. Mas continuamos em alerta", declarou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, José Carlos de Oliveira, popularmente conhecido como Chorão.
 
Entretanto, o dirigente do movimento sindical ressalta que a posição é a de manter os procedimentos que estão sendo colocados em prática até que esta situação seja solucionada. Como forma de garantia, os metalúrgicos esperam, por meio de ação judicial, anular a venda do imóvel que abrigava a fábrica da empresa para quitar os vencimentos dos mais de 700 funcionários demitidos via telegrama no inicio deste ano.
 
"A posição do Sindicato (dos Metalúrgicos) é a de manter firme a nossa proposta de acampar em frente à fabrica. Quanto a questão jurídica, o nosso advogado já pediu a anulação da venda do imóvel (que a fábrica está instalada) pra tentar reverter o processo de demissões. E se for necessário vamos acampar na fábrica de Mauá (SP) e também na do Rio de Janeiro", encerrou.
 

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