Vacina será aplicada a partir de segunda-feira, dia 9, em meninas entre 9 e 11 anos, crianças indígenas com idade entre 9 e 13 anos, além de garotas e mulheres com Aids com faixa etária entre 9 e 26 anos
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo inicia nesta segunda-feira, 9 de março, a primeira etapa da campanha de vacinação para proteger meninas entre 9 e 11 anos de idade contra o papilomavírus humano (HPV), vírus que pode causar câncer de colo do útero.
A vacina também será oferecida para a população indígena feminina com idades entre 9 e 13 anos, além de garotas e mulheres portadoras do vírus HIV, com faixa etária entre 9 e 26 anos.
A meta estadual é imunizar, até o dia 31 deste mês, 762,1 mil crianças com idades entre 9 e 13 anos (incluindo público indígena), que respondem por 80% das meninas nesta faixa etária no Estado e 6,6 mil garotas e mulheres portadoras do vírus HIV com idade entre 9 e 26 anos (veja dados regionais abaixo).
Postos de saúde em todo o Estado, com horário de funcionamento das 8h às 17h, estarão abastecidos com a vacina contra HPV para aplicação da primeira dose.
A imunização também será feita nos Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids (SAE) que possuem sala de vacinação e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), mediante apresentação de algum documento, a exemplo do exame confirmatório ou encaminhamento médico.
Para as meninas entre 9 e 11 anos e para o público feminino indígena com idades entre 9 e 13 anos, o esquema vacinal compreende mais duas doses aplicadas num intervalo de seis meses (segunda) e de 60 meses (terceira) com relação à primeira tomada.
Já as garotas e mulheres portadoras do vírus HIV, com idade entre 9 e 26 anos, devem tomar mais duas doses num intervalo de 2 meses e de 6 meses com relação à primeira aplicação.
“O papilomavírus humano é um vírus capaz de causar lesões de pele e mucosas e, quando não tratado corretamente pode evoluir para casos de câncer de útero. Já a eficácia da vacina a ser aplicada é superior a 95%. Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de colo de útero”, afirma a médica Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria.
A vacina contra a HPV disponibilizada na campanha é fruto de uma parceria para o desenvolvimento produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e o laboratório farmacêutico MSD. A instituição iniciou em 2014 a primeira etapa de um processo de transferência de tecnologia que irá permitir, nos próximos anos, a autossuficiência brasileira na produção da vacina, com grande economia para os cofres públicos.
Sobre o HPV
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto, é a chamada transmissão vertical.
Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
Metas regionais de vacinação da população feminina entre 9 e 11 anos (80% do total) *
REGIÃO
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Meta (80% da população alvo)
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CAPITAL
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200,3 mil
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GRANDE ABC
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45,4 mil
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ALTO TIETÊ E GUARULHOS
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58,3 mil
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FRANCO DA ROCHA
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11,4 mil
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OSASCO
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57 mil
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ARAÇATUBA
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11,8 mil
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ARARAQUARA
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15,6 mil
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ASSIS
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8,1 mil
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BARRETOS
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7 mil
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BAURU
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18,7 mil
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BOTUCATU
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10,7 mil
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CAMPINAS
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71,1 mil
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FRANCA
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12,2 mil
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MARÍLIA
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10,3 mil
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PIRACICABA
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25,3 mil
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P. PRUDENTE
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7,6 mil
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VALE DO RIBEIRA
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5 mil
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RIBEIRÃO PRETO
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6,4 mil
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BAIXADA SANTISTA
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23,4 mil
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S. J. DA BOA VISTA
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31,6 mil
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VALE DO PARAÍBA E LITORAL NORTE
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43,4 mil
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S. J. DO RIO PRETO
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23,1 mil
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SOROCABA
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44,8 mil
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*Não contabiliza as crianças indígenas