A poderosa Guarda Revolucionária do Irã afirmou neste sábado que pode haver consequências perigosas para os Emirados Árabes, após este país anunciar um acordo histórico com Israel para estabelecer relações diplomáticas. Os Emirados Árabes foram o primeiro país do Golfo a fazer isso e apenas a terceira nação árabe a normalizar relações com Israel, inimigo regional do Irã.
A Guarda Revolucionária qualificou o acordo como "vergonhoso" e uma "ação maligna" apoiada pelos Estados Unidos, segundo comunicado do grupo. Ela advertiu que, com o pacto, aumentará a influência americana no Oriente Médio, o que levará a um "futuro perigoso" para o governo dos Emirados Árabes.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, também condenou a notícia. Em discurso televisionado neste sábado, ele advertiu os Emirados Árabes de que cometeram um "grande erro".
O presidente americano, Donald Trump, celebrou o acordo, como parte de uma iniciativa para paralisar a anexação de terras ocupadas dos palestinos. Os Emirados Árabes qualificaram a decisão como meio de encorajar os esforços de paz e impedir a anexação de partes da Cisjordânia por Israel. Já o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a pausa na anexação era apenas "temporária". Fonte: Associated Press.