Cidades

Trabalhadores seguem mobilizados e pedem cumprimento da Convenção Coletiva

Os trabalhadores da FURP e Farmácias Dose Certa seguem  mobilizados dentro da empresa e pedem cumprimento de aditamento de Convenção Coletiva de Trabalho – CCT 2016/2017, assinado no dia 11 de abril, no Estado de São Paulo e que determinou o reajuste salarial em 10%.  
 
Segundo a direção da FURP, a empresa não tem caixa para arcar com os custos destas melhorias salariais e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento, se recusa a disponibilizar os recursos para esta finalidade.
 
O anúncio da empresa,  no último dia 3 de junho, causou revolta nos trabalhadores, que mobilizados, pedem a efetivação desta conquista que é a de todas as indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo, e  a FURP, uma Indústria Farmacêutica instalada em Guarulhos, é obrigada a aplicar o reajuste em sua totalidade.
 
Os trabalhadores e a direção do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos repudiam o comportamento da direção da empresa e do Governo do Estado diante desta questão.
Revoltados e indignados, os trabalhadores se manifestam contrários a alguns procedimentos adotados  há algum tempo pela empresa, como:
 
– Gastos exorbitantes com incineração de medicamentos adquiridos pela FURP e Secretaria do Estado. A incineração se deve por conta da data de validade destes medicamentos, que passados os prazos de utilização, precisam desta destinação;
– Situação idêntica acontece com  a matéria-prima, que passado o prazo de validade, precisa ser incinerada;
Além do prejuízo financeiro com a compra dos medicamentos a empresa tem o custo do processo de incineração.
É incompreensível que tal fato esteja ocorrendo, pois trabalhadores da FURP,  que atendem nas Farmácias Dose Certa, reclamam que são constantemente agredidos pelos usuários do programa pela falta de medicamento.
Também é objeto de denúncia dos trabalhadores, fato inexplicável e sem manifestação da empresa, até o momento, a desativação de câmara fria instalada no interior da fábrica.
Enquanto a empresa paga aluguel da câmara fria em transportadora terceirizada.
Os trabalhadores também  se incomodaram com a desativação da lavanderia, sendo que está dispõe de funcionários e equipamentos adequados.  Neste caso, segundo relato dos trabalhadores, a empresa contratada  está instalada no Rio de Janeiro e presta um serviço inadequado quanto a higienização dos uniformes.
No setor de transportes, os trabalhadores relatam que a empresa contratou uma empresa terceirizada, sendo que a FURP dispõe de uma equipe qualificada  e tem uma frota própria.
A direção do Sindiquímicos lamenta toda esta situação e vai exigir explicações dos responsáveis quanto aos temas abordados, pois entendemos que os trabalhadores da FURP  não podem lesar seus trabalhadores sob a alegação de falta de recursos.
Segundo consta, as dívidas contraídas pela FURP estão inviabilizando o negócio, porém, informações dão conta que os valores que a empresa teria que receber do Estado em função da construção da unidade de Américo Brasiliense, uma demanda abraçada pelo governador Geraldo Alckmin, hoje utilizada pela iniciativa privada,  e que não foram devolvidos, são os grandes responsáveis pela atual crise financeira da empresa.
A direção do  Sindicato rechaça o posicionamento adotado pelo Governo do Estado e direção da FURP e pede que os trabalhadores da FURP e das Farmácias Dose Certa sejam respeitados. “Mais uma vez, nos vemos diante desta situação insustentável e desrespeitosa, mas os trabalhadores mostram unidade e seguem mobilizados”, diz Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ.
 
 
 

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