Cidades

Para reduzir custo, Prefeitura de Guarulhos tira seguranças de escolas municipais

Pais de alunos matriculados em escolas municipais estão preocupados com a falta de segurança nas unidades de ensino. Segundo o GuarulhosWeb apurou, o motivo seria o desligamento de controladores de acesso que deveriam fazer a supervisão da entrada e saída dos alunos. De forma oficial, a Proguaru – que era responsável pela prestação do serviço – informou que a medida ocorreu para reduzir custos. 
 
Na Escola Municipal Eugênio Celeste Filho, no Jardim Munhoz, a preocupação é ainda maior. Os pais contam que a unidade é cercada por rodovias federais, o que aumenta o risco de uma pessoa mal intencionada entrar no local para cometer algum ato de violência contra uma das crianças. 
 
O GuarulhosWeb esteve na escola no início da tarde desta segunda-feira (15) e encontrou apenas uma funcionária com o uniforme da Proguaru presente em um dos portões de acesso ao local onde estão estacionados carros de funcionários. Em um outro portão, por onde passam pais e alunos ninguém fazia a segurança.
 
Acompanhada pela mãe de um aluno, o GuaruhosWeb passou por dois portões e conseguiu ter acesso às dependências da escola sem que algum funcionário fizesse qualquer abordagem.
 
“Qualquer um entra na escola, não temos segurança nenhuma, muitas mães estão com medo de trazer seus filhos para estudar. Eu já orientei meu filho: para que nunca saia de perto da professora”, contou Alessandra Mazotti, de 40 anos. Além dos muros baixos e grades que facilitam a entrada, as mães afirmam que não existem ainda rondas escolares. 
 
O problema teria começado após a volta às aulas no dia 25 de julho, quando o funcionário responsável pelo portão principal foi desligado e o controle de acesso passou a ser exclusivo para o portão de funcionários. 
 
Os pais afirmam que já entraram em contato com a Secretaria de Educação que transfere o problema para a Proguaru que, por sua vez, devolve para a pasta a responsabilidade, sem apresentar uma solução. Segundo o GuarulhosWeb apurou, 30 escolas estariam passando pelo mesmo problema.
 
O GuarulhosWeb encaminhou uma demanda para a Secretaria de Educação e Proguaru. Entre diversas questões estavam: o número de funcionários que realizam este tipo de função nas escolas municipais, como a segurança seria realizada sem a presença destes profissionais e como foi feita a comunicação como a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal para que as rondas fossem mais frequentes para evitar problemas.
 
Somente a Proguaru respondeu:  “Em atenção aos questionamentos, a Proguaru informa que esta medida é parte de uma adequação financeira visando a redução de despesas nos contratos”.
 

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