O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que institui Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Fortaleza no fim da tarde desta quinta-feira, 20. A informação foi anunciada pelo presidente ao chegar no Palácio da Alvorada. "Acabei de assinar a GLO para Fortaleza. O governador (Camilo Santana) preencheu os requisitos", disse Bolsonaro a jornalistas.
Em seguida, o presidente afirmou que o governo precisa do Parlamento para que seja aprovado o excludente de ilicitude, que acabou ficando de fora do pacote anticrime defendido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Bolsonaro disse que a medida poderia dar amparo aos militares que irão atuar no Ceará durante operações de GLO.
"Deixo bem claro uma coisa, a gente precisa do Parlamento para que seja aprovado o excludente de ilicitude. Minha consciência fica pesada nesse momento porque tem muito jovem de 20 anos de idade que está na missão (da GLO). É uma missão que se aproxima a uma de guerra", disse o presidente.
"Depois, caso tenha qualquer problema, pode ser julgado por lei de paz. Então, nós temos que dar garantida jurídica, retaguarda jurídica a esses militares das Forças Armadas que estão nessa missão. É irresponsabilidade nós continuarmos fazendo essa operação sem dar essa garantia aos integrantes das Forças Armadas", declarou Bolsonaro.
Sobre o episódio envolvendo o senador Cid Gomes (PDT-CE) – que foi baleado ontem após tentar invadir quartel tomado por policiais amotinados -, o presidente disse que "imagens valem mais do que milhões de palavras".