Cidades

A memória falha

Na sessão na Câmara Municipal de ontem, só quatro vereadores do PT –  José Luiz, Edmilson Souza, Genilda Bernardes e Moacir Souza – saíram em defesa dos petistas que entraram em confronto com a GCM no sábado. Entre os argumentos, muitas críticas à postura da corporação, que reprimiu manifestação “popular”. Para eles, isso seria papel da Polícia Militar. Esqueceram, porém, que o ex-prefeito Elói Pietá, pré-candidato do PT, foi um dos responsáveis pela “militarização” da GCM. Também não se lembraram que a Guarda está sob o comando de Sebastião Almeida, prefeito de Guarulhos há quase oito anos. 
 
Defesa da GCM
Diversos parlamentares se pronunciaram em favor dos servidores da segurança municipal. Pastor Anistaldo (PSC) resumiu bem o que viu no sábado, já que estava dentro da Câmara Municipal: “Isso foi uma vergonha para o município. A GCM estava aqui para proteger o patrimônio. Tentaram arrombar a porta. Dizer que a guarda não tinha que defender quem estava aqui? Quem começou a ação foram esses tais que se dizem militantes. Eles estão aqui para defender o patrimônio”.  
 
Sem baixar a guarda
João Dárcio (PTN), ex-secretário de Segurança Pública do atual governo petista, deu uma verdadeira aula aos demais vereadores sobre o papel da GCM no último sábado. “Agiu corretamente sim”, resumiu, lembrando que as responsabilidades para possíveis excessos – “se ocorreram” – devem ser apuradas por sindicância. Engrossaram o coro em defesa da GCM Gilvan Passos e William Paneque, ambos do PSDB, Laércio Sandes e Paulo Sérgio do DEM, além de Toninho Magalhães (PTC).  Não faltaram críticas diretas ao Executivo. “Não se valoriza os servidores. Ao longo dos oito anos, o prefeito Sebastião Almeida não fez a lição de casa”, disse Sandes. 
 
Ao lado dos servidores
Heleno Metalúrgico (PDT) foi um dos únicos vereadores que se posicionou em defesa dos servidores municipais, que estão em campanha salarial. “A lei deve ser cumprida. Se há incompetência do governo, é outra situação. Vamos dar as costas para os servidores? Não votamos por oito parcelas, mas por uma só”. E foi além: “Parem de novo a cidade. Está na Constituição Federal o direito de greve”, frisou o vereador, ligado ao movimento sindical. 
 
Salão dos companheiros
Coincidentemente ou não, diversos convidados para participar do Salão do Livro deste ano em Guarulhos são personalidades que se manifestam publicamente em favor do PT e engrossaram o coro do “golpe” durante o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Tico Santa Cruz, Paulo Henrique Amorim, Laerte e Juca Kfouri são alguns dos exemplos de pessoas ligadas ao meio cultural que andam o país, a convite de administrações petistas, em evento pagos com dinheiro público. 
 

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