Estadão

Abel Ferreira diz que Palmeiras estaria em crise se não avançasse às quartas da Libertadores

De forma irônica, Abel Ferreira afirmou que, se o Palmeiras não avançasse de fase na Libertadores, estaria, agora, em crise. Seu time eliminou o Atlético Mineiro pelo terceiro ano seguido ao empatar sem gols nesta quarta-feira, no Allianz Parque, e garantiu vaga nas quartas de final.

"Se não passássemos, estaríamos em crise. A única equipe do Brasil que não está em crise é o Botafogo", ironizou o treinador português em sua coletiva depois do jogo. Ele citou o Botafogo, líder do Brasileirão, mais vezes durante a entrevista para dar a dimensão de como é dinâmico o futebol e quão rapidamente os cenários mudam.

"Todas as equipes têm altos e baixos. O Botafogo, hoje, está em primeiro (no Brasileirão). No Carioca, não foi ao mata-mata. Nós ficamos em primeiro no Paulista e em primeiro no nosso grupo na Libertadores", acrescentou o técnico.

O Palmeiras busca seu quarto título de Libertadores. Caso erga o troféu, será o primeiro clube brasileiro tetracampeão. Abel avisou que a equipe "fará o possível" para continuar na rota de conquistas. "Vamos continuar fazendo o que fizemos. Em cada ano ganhar títulos. Temos muitas ambições e vamos fazer tudo o que pudermos para avançar à próxima fase".

Garantido nas quartas de final sequencialmente desde 2018, o Palmeiras vai enfrentar o Deportivo Pereira. Estreante em Libertadores, o modesto time colombiano surpreendeu ao eliminar o Independiente del Valle, do Equador, atual campeão da Copa Sul-Americana. Dias e horários das partidas das quartas de final ainda serão definidos pela Conmebol. Certo é que o Palmeiras abre a eliminatória fora e decide em casa, uma vez que fez a melhor campanha da fase inicial.

O português considerou justa a classificação do Palmeiras às quartas de final da Libertadores, mas não o resultado. O time alviverde foi superior e produziu suficientemente para ganhar do Atlético Mineiro, na visão do treinador português. Somente o atacante Artur desperdiçou três oportunidades claras.

"O que mais gostei foi a coragem. Nunca abdicamos de jogar. Na minha opinião, faltou apenas uma coisa: fazer um ou dois gols", avaliou. "Deveríamos ter feito, criamos para fazer gols, mas o futebol, muitas vezes, tem destas coisas".

Ele gostou, sobretudo, da atuação de Zé Rafael. Antes camisa 8, o meio-campista recuou no início da temporada e virou camisa 5. No Allianz Parque, com Raphael Veiga anulado por Otávio, ele foi um dos melhores em campo, desarmando e conduzindo o time ao ataque.

"Zé está impossível, um monstro, uma máquina", enalteceu o técnico, que espera que não seja grave o problema do volante. Ele pediu para ser substituído no fim do jogo. "Só espero que o joelho esteja firme. Foi top o que ele fez hoje no jogo. É um jogador realmente que equilibra muito nossa equipe.

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