O Brasil importou US$ 37,2 bilhões em produtos químicos em 2017 e fechou o ano com déficit na balança comercial de US$ 23,4 bilhões, avanço de 6,5%, após três anos consecutivos de reduções do déficit. Foram adquiridas no exterior mais de 43,1 milhões de toneladas, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Na comparação com os resultados de 2016, houve um aumento de 8,8% no valor monetário das importações e as quantidades físicas adquiridas cresceram 14,9%. Segundo a Abiquim, os principais fatores que levaram a esse aumento do déficit em produtos químicos foram a retomada da atividade econômica nacional, a safra de grãos recorde e a ausência de investimentos produtivos, que pudessem suprir essa nova demanda com o incremento da produção nacional.
Em termos históricos, as quantidades importadas em 2017 são as maiores de todos os tempos, destacou a entidade. “Quando comparadas com as 37,5 milhões de toneladas de 2013, ano em que foi registrado o maior déficit no histórico da balança comercial de produtos químicos, de US$ 32,0 bilhões, observa-se um aumento de 15%, gerado pelo crescimento na importação de produtos químicos para o agronegócio, que poderiam ser fabricados no País”, afirma, em nota.
Entre os grupos acompanhados, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de importação do setor com compras de mais de US$ 6,4 bilhões, em 2017, equivalentes a 60,7% (26,2 milhões de toneladas) das 43,1 milhões de toneladas em compras externas de produtos químicos.
As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, de US$ 13,7 bilhões, em 2017, aumentaram 13,0% na comparação anual, com movimentação de 16,5 milhões de toneladas. As resinas termoplásticas, com vendas externas de US$ 2,3 bilhões, foram os produtos químicos mais exportados, apesar da redução de 2,6% nas quantidades vendidas.