Economia

Abre vê demanda fraca para o setor no segundo semestre

A expectativa para o início do segundo semestre de 2014 é de demanda fraca e estoques elevados na indústria de embalagens, na avaliação do economista Salomão Quadros, da Fundação Getulio Vargas. Segundo dados da Sondagem da Indústria de Embalagem, realizado pela FGV para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), a demanda que piorou muito em junho, pode acelerar no próximo semestre, mas o processo de recuperação da produção deve ser mais lento devido aos altos estoques do mês de julho.

“No melhor cenário, a produção vai ficar estável em relação ao ano passado, se houver recuperação no segundo semestre, mas pode variar negativamente em até 0,7%”, afirmou Quadros durante coletiva. Em 2013, a produção cresceu 1,2%. No início deste ano a expectativa para 2014, era de resultado positivo entre 0,7% e 1,5%.

Cenários

O estudo trabalha com dois cenários. No limite superior, de estabilidade da produção em relação ao registrado em 2013, a produção deve crescer 0,8% no terceiro trimestre e 0,5% no quarto trimestre. Já no segundo cenário, menos otimista, a produção física de embalagem deve recuar 1,2% no terceiro trimestre e 0,3% no quarto, registrando um resultado 0,7% negativo no acumulado do ano. “O mais provável é que você tenha um cenário negativo”, avaliou Quadros.

Ainda segundo o estudo, a proximidade das eleições não parece ter efeito dinamizador sobre a produção de embalagens. “Apesar do cenário negativo neste momento, a indústria de embalagem vem se qualificando e está se desenvolvendo, porque a sociedade também se desenvolveu e se tornou mais exigente”, finalizou a diretora executiva da Abre, Luciana Pellegrino. Para elaborar a sondagem, a FGV consultou 106 empresas do setor, que totalizam R$ 15,9 bilhões de vendas e empregam 45 mil funcionários.

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