O velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, ontem, em Porto Alegre, atraiu de integrantes de movimentos por moradia do Acre e expoentes do mundo jurídico ao presidente Michel Temer e integrantes de governos petistas, como o ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro.
“Ele tomou muitas decisões favoráveis aos movimentos sociais de Brasília e Rio Grande do Sul”, disse Francisco Rafael Lopes e Silva, da Associação de Luta pela Moradia do Acre, que foi prestar homenagem ao ministro.
Silva estava no primeiro grupo de dez pessoas que entrou no plenário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) para o velório, que foi aberto para o público às 11 horas.
A família de Teori passou a noite à espera do corpo, mas a transferência para a capital gaúcha, aguardada para a madrugada, só ocorreu de manhã. Segundo funcionários do TRF-4, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, ficou com a família durante toda a madrugada.
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, foi uma das primeiras autoridades a chegar. Em rápido pronunciamento, evitou temas polêmicos. “Ele foi um verdadeiro herói”, afirmou. Teori morreu em um acidente aéreo na quinta-feira, em Paraty (RJ).
O ministro Dias Toffoli, colega de Zavascki no STF, também driblou os temas espinhosos. “É uma perda pessoal que nos abala muito. Vim dar um beijo em um grande amigo.”
Prefeito de Faxinal dos Guedes (SC), Gilberto Lazzare levou ao velório uma bandeira da cidade natal de Teori e uma flâmula do Itagiba, time de futebol fundado pelo pai do ministro. Antes de deixar a cerimônia, Cármen Lúcia atendeu a pedidos e, ao lado de familiares de Teori, posou para fotos próxima ao caixão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.