Adolescentes começam a ser vacinados em Israel

Israel começou neste sábado, 23, a vacinar adolescentes contra a covid-19. Autoridades sanitárias dizem que 2,5 milhões de habitantes já receberam a primeira dose da vacina Pfizer-BioNTech. O número representa um quarto da população. Outros 900 mil já receberam as duas.

O Ministério da Saúde anunciou na quinta-feira que iria permitir a vacinação de alunos do ensino médio com idades entre 16 e 18 anos mediante aprovação dos pais. De acordo com dados do site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, Israel é líder mundial na campanha de vacinação em todo o mundo.

A expansão da campanha para incluir adolescentes ocorre dias depois de Israel aumentar seu terceiro bloqueio nacional na terça-feira por causa de um aumento nas infecções pelo novo coronavírus. Desde sábado, os viajantes que retornam do exterior para Israel devem apresentar um teste PCR negativo no aeroporto.

No domingo, 24, de acordo com o Canal 13, o governo deve baixar norma para aumentar as multas para quem e desafiar os regulamentos de saúde. As multa para empresas que abrirem em desrespeito às regras dobrará de US$ 1,5 mil (R$ 8,2 mil) para US$ 3 mil (R$ 16,4 mil). As infrações para quem realizar festas ou casamentos será fixada em US$ 6 mil (R$ 32,8 mil).

As maiores taxas de infecção continuam a ser registradas entre comunidades judaicas ultraortodoxas, relutantes desde o início de pandemia para cumprir as medidas de distanciamento social. A polícia israelense interveio nos últimos dias em algumas congregações da comunidade – houve registro de confrontos com as forças de segurança.

O maior sistema público de saúde do país, o Clalit, começou a vacinar adolescentes no sábado pela manhã. Os outros três deveriam iniciar sua campanha nos próximos dias.

Israel começou a vacinação em 20 de dezembro com profissionais de saúde, grupos de idosos, doentes e pacientes em risco. Desde ontem, pessoas com 40 anos ou mais também podem tomar a vacina.

Gili Regev, diretor do Centro Médico Sheba, disse ao Canal 12 que Israel tem de vacinar mais de 75% da população para obter a imunidade de rebanho. "Estamos muito longe do fim desta pandemia", disse.

No sábado, o Ministério da Saúde informou que 7.316 novos casos foram confirmados no dia anterior, após um pico de mais de 10,1 mil no início da semana. O número total de infecções registradas em Israel era de 593.578 até ontem, com quase 4,3 mil mortes.

A queda nos registros de casos diários veio conforme os níveis de teste também diminuíram – embora a taxa de teste positivo tenha caído para 8,8%.

O primeiro-ministro Benyamin Netanyahu disse que a rápida campanha de vacinação dará ao país "a possibilidade de superar o coronavírus, de sair dele, de abrir a economia e devolver a vida à rotina".

No sábado, o embaixador russo em Israel, Anatoly Viktorov, afirmou que os dois países discutem a produção conjunta de uma vacina contra o coronavírus. O Centro Médico Hadassah de Israel encomendou 1,5 milhão de doses da vacina russa Sputnik V, mas ainda aguarda a aprovação do Ministério da Saúde. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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