Em visita nesta terça-feira (11) ao aeroporto de Guarulhos, agentes do Ministério Público Federal identificaram aproximadamente 400 imigrantes, incluindo indianos e cidadãos de nações africanas, que estão retidos na área de imigração do terminal. Em nota, o MPF afirmou que busca soluções para a crise humanitária.
A razão para a chegada desses grupos ainda não foi confirmada, mas relatos preliminares indicam que chegaram em voos distintos nos últimos dias e enfrentam dificuldades para regularizar sua entrada, incluindo problemas com o Sisconare, a plataforma digital para registro de pedidos de refúgio.
Diante dessa emergência, o MPF convocou uma reunião urgente para quinta-feira (13), na qual devem participar representantes do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), da Polícia Federal, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da concessionária GRU Airport e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o órgão, o objetivo é buscar soluções imediatas para garantir a dignidade e os direitos desses indivíduos, bem como evitar uma escalada da crise humanitária no aeroporto.
“A prioridade é definir as medidas necessárias para que se concluam os pedidos de refúgio o mais rápido possível. Os imigrantes estão sob condições precárias no aeroporto e precisam que as autoridades imigratórias adotem soluções com urgência”, destacou o procurador da República Guilherme Rocha Göpfert.
Já a Prefeitura de Guarulhos, em nota, afirmou que o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, equipamento municipal dentro do Aeroporto, não foi notificado oficialmente sobre a situação dos indianos.
“Toda e qualquer informação a respeito do controle migratório deve ser verificado com o Ministério da Justiça e Segurança Pública”, finalizou a Prefeitura.
