Internacional

Afeganistão: EUA estudam adiar fim de missão em Campo Aéreo de Kandahar

O Exército dos EUA está estudando a extensão de sua missão na estratégica província de Kandahar, no sul do Afeganistão, ao invés de concluir o trabalho na grande base regional até o final deste ano, disseram autoridades de defesa, neste domingo.

Nenhuma decisão final foi tomada, mas altos funcionários do governo dos EUA disseram que novo secretário da Defesa, Ash Carter, poderia decidir apoiar um adiamento da conclusão das operações no Campo Aéreo de Kandahar, um marco fundamental na retirada dos EUA de Kandahar, agora prevista para o final do ano.

A reconsideração dos planos de Kandahar não forçará um atraso nos planos globais para a retirada dos EUA do Afeganistão no início de 2017, quando o presidente Barack Obama deixará o cargo. Mas ela reflete uma preocupação de que os esforços dos EUA para libertarem-se de mais de 13 anos de guerra possam exigir mais tempo, dinheiro e mão de obra.

O adiamento da missão em Kandahar permitirá que os EUA continuem com seu trabalho de treinamento de forças afegãs e execução de missões de contraterrorismo em uma província que serviu durante muito tempo como um centro vital de apoio ao Taleban em seus esforços para recuperar o controle do país.

A base no sul do Afeganistão desempenha o papel central na campanha militar dos EUA. Kandahar é o lar espiritual do Taleban e a província representa um dos maiores desafios para as forças de segurança afegãs que tentam impedir que os insurgentes recuperem o ímpeto, à medida que a missão militar dos EUA se aproxima de seu fim.

No auge do crescimento do Exército dos EUA há quatro anos, a base foi o lar de 26 mil soldados da coalizão e empreiteiros privados de apoio ao trabalho deles. Agora ela é usada por 2.600 soldados da coalizão e 7.000 empreiteiros que dão suporte para as forças afegãs e realizam limitadas operações de contraterrorismo.

Segundo os planos atuais, os militares dos EUA encerrariam as operações no Campo Aéreo de Kandahar no final deste ano. Mas isso exigiria que as forças americanas começassem a fechar as instalações no meio do que poderia ser uma estação de verão de combate difícil. Fonte: Dow Jones Newswires.

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