A retomada na atividade e a falta de gás natural levaram recentemente as reservas de petróleo do mundo desenvolvido ao menor nível desde o início de 2015, mas o avanço da oferta de petróleo deve em breve reduzir essa pressão, afirma a Agência Internacional de Energia (AIE). Em relatório mensal publicado nesta terça-feira, a AIE afirma que o equilíbrio entre a oferta apertada e a demanda pode em breve melhorar. A entidade espera que a produção aumente 1,5 milhão de barris por dia (bpd) no restante de 2021, com Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia responsáveis por metade desse avanço.
Ao mesmo tempo, enquanto a demanda por combustível para transporte continua a se recuperar e problemas na oferta de gás natural levaram algumas usinas a optar pelo petróleo e refinados, "novas ondas da covid na Europa, a atividade industrial mais fraca e preços mais elevados do petróleo contêm os ganhos", afirma a AIE, sediada em Paris.
A AIE espera que a produção de petróleo continue a subir após o fim de 2021, elevando sua projeção para o ano seguinte em 100 mil bpd, a 1,9 milhão de bpd. Os EUA devem ser responsáveis por 60% desse avanço de fora da Opep+.
Em seu relatório, a AIE manteve a projeção para o crescimento da demanda por petróleo em 2021, em 5,5 milhões de bpd.
Para 2022, ela foi elevada em 100 mil bpd, a 3,4 milhões de bpd. Já a produção global da commodity subiu 1,4 milhão de bpd em outubro, apontou o documento. Ainda em outubro, a produção de petróleo da Opep+ avançou 320 mil bpd, segundo a AIE.