Não há previsão sobre a participação do presidente Michel Temer no velório e sepultamento de d. Paulo Evaristo Arns, que morreu na quarta-feira, 14, aos 95 anos. O velório terá 48 horas. O sepultamento está previsto para esta sexta-feira, 16, às 15 horas.
Segundo auxiliares do presidente, Temer tem agenda de eventos nesta sexta e não teria como ir ao sepultamento. A decisão, entretanto, não está fechada. Apesar de se tratar de uma sessão solene e religiosa, fontes do planalto reconhecem que o ambiente de “esquerda” pode gerar algum tipo de desconforto para o presidente.
O presidente decretou luto oficial de três dias pela morte de D. Paulo Arns. Na quarta-feira, em nota, Temer lamentou a morte do cardeal e destacou que ele “foi um defensor da liberdade e sempre teve como norte a construção de uma sociedade justa e igualitária”. “O Brasil perde um defensor da democracia e ganha para sempre mais um personagem que deixa lições para serem lembradas eternamente”, escreveu o presidente.
Demora
No episódio do velório coletivo das vítimas do acidente aéreo que matou a delegação da Chapecoense, no último dia 29, o presidente foi bastante criticado pela decisão de apenas receber os corpos no aeroporto e entregar medalhas. Havia na ocasião receios a vaias e manifestações contrárias.
Diante do desgaste, no dia do velório coletivo, Temer decidiu então ir à Arena Condá, onde seria realizada a cerimônia, e disse que não havia confirmado a presença antes “porque se eu tivesse confirmado, os seguranças teriam que revistar todos os presentes no estádio”.
Um dos eventos previstos para esta sexta é justamente uma cerimônia para condecorar autoridades colombianas que trabalharam no resgate e auxílio aos brasileiros vítimas do acidente aéreo.