O grupo rebelde islâmico somali Al-Shabab assumiu a responsabilidade pelo ataque realizado na madrugada deste sábado contra um ônibus, quando 28 não muçulmanos foram separados dos demais passageiros e assassinados.
O grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque por meio de sua emissora de rádio na Somália, afirmando que foi uma retaliação contra os ataques de forças de segurança quenianas, no início desta semana, contra quatro mesquitas na costa queniana.
Dezenove homens e nove mulheres foram mortos no ataque, informou o chefe de polícia queniano David Kimaiyo.
O Exército do Quênia disse que respondeu ao ataque com uma ação aérea posterior que destruiu a acampamento dos homens que atacaram o veículo na Somália, matando 45 rebeldes.
O ônibus que viajava para a capital Nairóbi com 60 passageiros foi sequestrado a cerca de 50 quilômetros da cidade de Mandera, perto da fronteira com a Somália, informaram dois policiais, que falaram em condição de anonimato.
Segundo eles, primeiro os militantes acenaram para que o veículo parasse, mas como não deu resultado, eles começaram a atirar contra o ônibus, que nem assim deixou de seguir viagem. Então, os rebeldes lançaram uma granada propelida por foguete.
Os homens armados levaram o veículo para fora da estrada e ordenaram que todos os passageiros saíssem. Eles separaram dos demais aqueles que pareciam ser não muçulmanos e atiraram à queima roupa, disseram os policiais.
Alguns dos mortos eram servidores públicos que iam para Nairóbi para férias de Natal, informaram as fontes.
O Quênia tem sido atingido por uma série de ataques, com disparos e bombas, que teriam sido cometidos pelo al-Shabab – grupo que tem ligação com a Al-Qaeda – desde que o governo queniano enviou tropas para a Somália, em outubro de 2011.
Segundo autoridades, ocorreram pelo menos 135 ataques do al-Shabab desde então, dentre eles uma ação num elegante shopping center de Nairóbi, em setembro de 2013, quando 67 pessoas foram mortas. O al-Shabab também é responsabilizado por outros ataques na costa queniana neste ano que deixou pelo menos 90 pessoas. Fonte: Associated Press.