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Alckmin defende ação da polícia sobre “infiltrados”

São Paulo, 10/01/2015 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu a ação da polícia sobre o que chamou de “infiltrados” na manifestação realizada ontem pelos integrantes e simpatizantes do Movimento Passe Livre na capital. Alckmin afirmou que a manifestação em si foi “nota 10”.

“As manifestações são sempre positivas e fazem parte da democracia. O que não é possível, e a polícia tem de agir, é contra a depredação dos bens públicos e privados e a segurança das pessoas”, afirmou Alckmin.

“A polícia tem de agir. Se houver algum exagero (no uso de gás lacrimogêneo, balas de borracha violência), a polícia tem a corregedoria”, disse o governador, logo depois de inaugurar a UTI adulta do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, na zona leste da capital paulista. Por conta dos episódios durante a manifestação de ontem, Alckmin afirmou que 53 pessoas foram detidas, “dessas, 19 por roubo”.

O governador afirmou que espera para o início de fevereiro a votação do projeto de lei que dá passe livre de ônibus, trem e metrô para os estudantes de escolas públicas dos ensinos básico (fundamental e médio) e técnico. De acordo com o PL, os estudantes do ensino superior da rede pública, classificados como de baixa renda, e os alunos de universidades particulares cadastrados em programas sociais, como o ProUni, também terão direito à gratuidade. O projeto tramita na Assembleia Legislativa e foi encaminhado, segundo Alckmin, em regime de urgência.

Ao ser questionado se essa proposta será suficiente para responder às demandas dos manifestantes, Alckmin respondeu que o projeto de lei se soma a outras ações. Somadas, as iniciativas, na avaliação do governador, são uma boa resposta ao que pede parte da população.

Além da gratuidade para estudantes, Alckmin citou a existência do passe livre para idosos, desempregados e portadores de deficiência e também a explicação do por que a passagem ter aumentado tanto – de R$ 3,00 para R$ 3,50. “Ficamos sem reajuste desde 2011. E, infelizmente, a inflação no Brasil não é baixa”, disse. Alckmin destacou que o reajuste de quase 17% foi menor que a inflação acumulada no período. (Karla Spotorno)

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