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Alckmin lançará versão paulista de Brasil Sem Miséria

Apresentado por seus aliados como pré-candidato à Presidência da República em 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciará nesta segunda-feira um programa social similar ao Brasil Sem Miséria, principal vitrine do governo petista desde 2011, quando foi lançado por Dilma Rousseff.

Batizado até aqui de São Paulo Solidário, o novo programa tem uma meta ambiciosa: erradicar a miséria no Estado, com a retirada de 300 mil famílias da linha da extrema pobreza nos próximos quatro anos.

A ideia é de que o programa São Paulo Solidário, que tem suas metas projetadas para 2018, preencha o que entre os tucanos é considerado uma lacuna do PSDB nas últimas quatro disputas presidenciais: a ausência de uma forte marca social.

O lado politicamente vulnerável da proposta é que se trata de quase uma cópia do Brasil Sem Miséria. Com exceção da transferência de renda, que não está prevista na proposta tucana, tudo se assemelha ao que já foi feito pelos petistas. Ao assumir em 2011, Dilma disse que a prioridade de seu governo seria a erradicação da miséria no País.

O plano de ação de Alckmin está baseado no mesmo princípio de integração de cadastros adotado pelo governo federal no programa Brasil Sem Miséria. Sob comando do secretário Floriano Pesaro, de Desenvolvimento Social, o programa vai mapear as 300 mil famílias em situação de pobreza extrema e fazer com que elas recebam atenção prioritária em todos os programas sociais da administração estadual. A metodologia possibilitou o atendimento de 5,5 milhões de famílias em todo o País pelo governo federal.

O que ainda está em discussão no Palácio dos Bandeirantes é como o governo vai fazer para interligar os sistemas da gestão. Uma das possibilidades é a de usar o banco de dados já disponíveis pela União.

Pesaro vai se reunir no dia 3 de fevereiro com a ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, para pedir acesso total às informações do Cadastro Único do governo federal. Caso contrário, terá de criar um cadastro próprio, o que deve encarecer ainda mais o projeto, atualmente orçado para custar R$ 4 bilhões aos cofres estaduais até 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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