Economia

Alimentos e alta no gás de botijão pressionam inflação ao consumidor, diz FGV

A alta no preço de alguns alimentos e o reajuste no valor do gás de botijão pressionaram a inflação do varejo em setembro. Ao todo, cinco das oito classes de despesas aceleraram, e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,42%, contra 0,22% em agosto, informou nesta quarta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

A contribuição de maior magnitude para o resultado partiu do grupo Alimentação, que saiu de uma queda de 0,11% em agosto para alta de 0,32% em setembro. Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -10,28% para -7,56%. O recuo menos intenso ocorreu porque preços de alguns alimentos já começaram a subir, como é o caso da batata-inglesa (10,22%), enquanto outros caíram menos do que em agosto.

Na Habitação (0,36% para 0,55%), o grande protagonista foi o gás de botijão, de saiu de 0,44% em agosto para avanço de 8,66% em setembro. O resultado reflete o reajuste de 15% comunicado às distribuidoras e em vigor desde o dia 1º de setembro.

Também ganharam força os grupos Vestuário (-0,10% para 0,68%), Transportes (0,18% para 0,32%) e Despesas Diversas (0,12% para 0,14%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens roupas (-0,32% para 0,75%), tarifa de ônibus urbano (0,22% para 1,19%) e alimentos para animais domésticos (-0,14% para 0,74%), respectivamente.

Em contrapartida, desaceleraram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,64% para 0,56%), Educação, Leitura e Recreação (0,48% para 0,33%) e Comunicação (0,36% para 0,22%). Nestas classes de despesa, os destaques foram artigos de higiene e cuidado pessoal (1,19% para 0,69%), excursão e tour (1,18% para 0,60%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,36% para -0,01%), respectivamente.

Com a aceleração do IPC, também cresceu o número de itens que apresentaram alta de preços em setembro. O chamado índice de difusão atingiu 67,75% no mês passado, ante 61,83% em agosto.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único índice que compõe o IGP-DI a desacelerar em setembro. A alta foi de 0,22%, contra 0,59% em agosto. O alívio partiu do custo da mão de obra (0,87% para 0,00%), já que o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços ganhou força e subiu 0,47% em setembro, após avanço de 0,27% no mês anterior.

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