Como já era esperado, os preços dos alimentos continuaram subindo em setembro e puxaram a aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) deste mês, que avançou 0,45%, como informou mais cedo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo Alimentação e Bebidas teve aumento de 1,48%, contribuindo com 0,30 ponto porcentual (p.p.) do total, o maior impacto de alta entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE.
Os preços dos alimentos comprados para consumo no domicílio avançaram, em média, 1,96% em setembro, ante 0,61% no IPCA-15 de agosto. Já a alimentação fora registrou alta de 0,36%, acelerando ante a queda de 0,30% que fora registrada no IPCA-15 de agosto.
Na cesta de alimentos consumidos em casa, o grande vilão da inflação foram as carnes, 3,42% mais caras em setembro. Isoladamente, esse conjunto de preços contribuiu positivamente com 0,09 p.p. de alta no IPCA-15 de setembro.
Itens já que já vinham ficando mais caros nos últimos meses seguiram em alta, como o de soja (20,33%), o arroz (9,96%) e o leite longa vida (5,59%). Esses produtos acumulam no ano altas de, respectivamente, 34,94%, 28,05% e 27,33%. Mesmo assim, a maior alta no IPCA-15 de setembro ficou com o tomate (22,53%), cujos preços haviam caído 4,20% em agosto.
O IBGE ressaltou, em nota, que alguns alimentos ficaram mais baratos no IPCA-15 de setembro. Foram os casos da cebola (-19,09%), do alho (-11,90%) e da batata-inglesa (-8,20%).
Na alimentação fora do domicílio, a alta de 0,36% foi composta pelos preços da refeição, 0,09% mais caras no IPCA-15 de setembro, e do lanche, com alta de 0,89%. Em agosto, esses preços estavam mais comportados – a refeição tinha ficado 0,52% mais barata, enquanto os preços dos lanches tinham avançado apenas 0,06%.