Na semana passada, durante a cerimônia simbólica de entrega das chaves do conjunto habitacional “Portal Flora”, em Bonsucesso, o prefeito Sebastião Almeida (PT) anunciou que entre os dias 14 e 15 de maio (último final de semana) aconteceria a entrega dos apartamentos do “Residencial Lavras”, no bairro de mesmo nome. O empreendimento, que teve as obras concluídas no ano passado0, abrigará as famílias da comunidade Hatsuta e Vila Any. A promessa não foi cumprida.
Almeida afirmou aos jornalistas que todos os empreendimentos, em fase de construção na cidade, estão dentro do cronograma de entrega. “Hoje estamos fazendo esta entrega e no fim de semana queremos entregar o Residencial Lavras”. disse o prefeito três dias antes.
Em resposta a questionamento enviado pelo GuarulhosWeb para a Prefeitura no início da manhã desta segunda-feira (16), a Secretaria de Habitação informou que os apartamentos não foram entregues e orientou a entrar em contato com a Caixa Econômica Federal, responsável pelos empreendimentos do projeto Minha Casa, Minha Vida, para receber informações sobre a entrega.
Os futuros moradores reclamam da falta de comunicação com Secretaria de Habitação, de responsabilidade de Orlando Fantazini, que não esclarece as principais dúvidas sobre quando acontecerá a entrega e a mudança.
O GuarulhosWeb tem acompanhando os protestos dos moradores que aguardam apreensivos a entrega dos apartamentos. No caso da Comunidade Hatsuta, um incêndio atingiu o local em 18 de fevereiro deste ano. Muitos moradores tiveram seus pertences consumidos pelo fogo e estavam revoltados com o atraso na entrega, já que teriam que reconstruir um lar enquanto não tinham a certeza de quando sairiam de lá, uma vez que já haviam participado da vistoria.
No caso dos moradores da Vila Any, a desocupação não atinge apenas os moradores do local, mas toda a região e motoristas que precisam acessar o bairro São Miguel Paulista, em São Paulo.
As obras de uma ponte que está sendo construída no local em parceria entre as prefeituras de São Paulo e Guarulhos está parada enquanto a desocupação não acontece.
Até esta publicação, a Caixa Econômica Federal não se manifestou sobre o problema.