A alta de 8,9% na produção industrial em junho ante maio foi a mais acentuada desde junho de 2018, quando tinha crescido 12,5%, após a perda provocada pela greve de caminhoneiros no mês imediatamente anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, iniciada em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dois meses de altas, a indústria acumula um avanço de 17,9%, ainda insuficiente para recuperar a perda de 26,6% registrada nos meses de março e abril.
"O ganho acumulado de 17,9% não suplanta a perda dos meses anteriores. Só para gente relativizar esse crescimento, são expansões que ocorrem sobre uma base de comparação muito depreciada. A indústria opera no terceiro mais baixo patamar da série histórica. A indústria opera 13,5% abaixo do patamar de fevereiro, pré-pandemia", observou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do IBGE.
Mesmo com o desempenho positivo mais acentuado em maio e junho, a indústria ainda opera 27,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Em relação a junho de 2019, a produção recuou 9,0% em junho de 2020, oitavo resultado negativo seguido nesse tipo de comparação.