Economia

Alta no preço do minério faz ação da Vale subir 31% na semana

A recuperação no preço do minério de ferro provocou uma forte alta nos papéis da Vale nesta semana. A ação ordinária da companhia (ON), com direito a voto, acumulou valorização de 31,18%, enquanto as preferenciais (PNA) subiram 25,3%.

Ontem, 24, o preço da commodity avançou 5,9% no mercado à vista chinês para US$ 57 a tonelada – o maior valor da tonelada desde o dia 17 de março. Na semana, o preço apresentou recuperação de 12,4%. No ano, no entanto, a queda é ainda superior a 20%.

Para analistas, a alta no preço do insumo é algo pontual. Segundo eles, no ano, o valor do minério de ferro não deve ultrapassar, na média, o patamar de US$ 60 a tonelada.

“O preço do minério no dado diário é volátil e essa alta ocorre após uma sequência de quedas e ela diz pouco sobre um movimento de recuperação mais forte, já que as últimas notícias no mercado são negativas para a matéria-prima”, afirma o analista da Tendências Consultoria, Felipe Beraldi.

O analista destaca que tanto neste ano quanto em 2016 haverá uma “folga” entre a oferta do minério no mercado transoceânico e a demanda, o que manterá os valores bastante pressionados. “No nosso cenário os players menos eficientes irão diminuir produção, mas em termos líquidos a produção vai aumentar”, destaca.

Neste ano, as mineradoras australianas BHP Billinton e Rio Tinto planejam aumentar produção e a partir do próximo ano a Vale iniciará seu salto, com o início de operação do projeto S11D, o Serra Sul, que em plena capacidade injetará um volume de 90 milhões de toneladas à companhia.

No primeiro trimestre de 2015 as três grandes mineradoras globais registram aumento da produção, a despeito da derrocada dos preços. A Vale, por exemplo, viu seus volumes saltarem 4,9% nos três primeiros meses do ano para 74,523 milhões de toneladas, recorde para um primeiro trimestre.

A notícia que pode ter ajudado a puxar os preços nesta semana para cima foi a indicação da BHP que poderia atrasar seu plano de expansão para 290 milhões de toneladas por ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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