O primeiro vice-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou nesta quarta-feira, 24, que a indústria automotiva espera uma definição até o final de 2015 sobre o projeto de renovação de frota de caminhões entregue pela entidade ao governo no ano passado. O projeto consistiria, em uma etapa ainda experimental, na retirada de 500 veículos com mais 30 anos de uso para serem reciclados. O proprietário do caminhão receberia um bônus da recicladora que seria utilizado no pagamento de 20% do valor de um outro caminhão.
Como o caminhão a ser comprado não deve ser um veículo novo, o bônus seria utilizado novamente pela loja para a aquisição de outro caminhão, também mais novo que o vendido ao caminhoneiro, e assim, sucessivamente, até que esse valor de desconto chegasse às concessionárias na venda de um veículo novo, quando seria transformado em abatimento de impostos. “É um projeto que prevê cunho ambiental, já que tira caminhões de mais de 30 anos de uso, e ainda de segurança, pois se os caminhões correspondem a 5% da frota, são responsáveis por 25% dos acidentes”, explicou Megale, que também é diretor da Volkswagen.
Já a renovação de veículos leves ainda não chegou a ser transformada em projeto. O presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels, disse que há espaço para que haja uma renovação de frota de carros no País, mas defendeu que um possível projeto seja sustentável e de longo prazo. “Se for um programa de período curto, trazendo as compras de amanhã para hoje, não haveria uma sustentabilidade no volume de vendas”, disse Powels.